14 de maio de 2010

Sótão arrumado... hora de mudanças!

Arrumei-te na caixinha, no canto do sótão... Finalmente, estás onde já devias estar há algum tempo. E se calhar já lá estavas... eu é que não tinha percebido. Tudo o que vivemos vai comigo, vá eu para onde for, esteja eu com quem estiver, mas tu ficas. Ficas na caixinha, dentro da gaveta trancada a sete chaves. O meu medo não é que tu vás embora, até porque já foste há muito tempo, o meu medo é que saias e me encontres... Levo comigo o que me ensinaste, o que mostraste, o que me deste... Tu ficas! Não podes vir comigo até ao fim porque eu já não consigo carregar-te. Tornaste-te demasiado pesado e o meu amor já não consegue contigo... Se calhar, tal como dizias, não tinha de ser... Ou tinha de ser enquanto durou, enquanto durou o nosso tempo, mas ele acabou há muito. Vou amar-te sempre... à minha maneira, mas a vida mostrou-me que há muito mais para amar e eu vou atrás desse mais. Tu ficas aí, mas segue em frente porque a vida não pára e não faz intervalos para descanso dos passageiros. Um dia vamos abraçar-nos e falar do nosso amor como de uma conto de fadas porque não nos vamos lembrar do que foi mau... se esse dia não chegar, contaremos a outros, para que eles saibam que o amor existe.
Fica um até já... como sempre ;)

4 de maio de 2010

"Momentos que passam, saudades que ficam!"

Estou com um nózinho na garganta... pensei "vai dormir, que isso passa!", mas depois lembrei-me que a minha avó sempre me disse que não se podia dormir com coisas apertadas... muito menos na garganta.
Decidi ouvir uma música, podia ser que acalmasse... mas só piorou, lembrou-me de ti. E não, hoje não falo de ti, mas de ti oh Coimbra! Cidade que me acolheu ao nascer e em todos os grandes momentos da minha vida. Como posso eu esquecer-me do momento em que olhei para a "Cabra" como caloira? Ou da primeira serenata que ouvi? Ou de todas as vezes que entrei no recinto? Como poderei esquecer que acolheste uma história de amor? Que em cada rua tua, há uma recordação desses anos, desse amor, de felicidade, de tristeza?
Não posso Coimbra! E agora que o fim se aproxima a passos largos, tenho de chorar por ti, dizer-te o quanto me ensinaste, o quanto tens de mim... o quanto levo de ti!
Ainda não te deixei oh "mãe" e já tenho saudades do teu colo. Promete-me que ficas por aí, que não mudas muito e que me abraças sempre que eu a ti voltar!


"Segredos desta cidade, levo comigo para a vida!"